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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Carne e osso


Sabe frio na barriga? Pois é. Inevitável! Mesmo com tudo correndo maravilhosamente bem, o frio na barriga não deixa de existir. Da primeira vez, foi a improvável possibilidade de estar grávida de gêmeos. Aí teve o dia em que a médica cochilava e não conseguia ouvir o bebê. Ai, será que ele está bem?! Por que ela não escuta? Depois, exame de translucência nucal, que com esse nome já apavora! Uma medida da mancha preta diz muito mais do que a carinha de menino que só a mãe viu. Como é possível identificar o sexo de alguém em uma ultrassonografia? Busca no youtube pra ver se aprende antes do exame. Definitivamente, é para quem tem experiência! Será que eu tenho alguma preferência? Passei pelo teste da colher e do garfo duas vezes: (1ª) menina e (2ª) menino. Tentei um quiz da internet que também me deu 50% de chances. Sério? Bora medir tudo, osso da perna, do braço, coluna vertebral, dedos da mão e do pé, rins, fígado,  estômago, coração, olhos, nariz e lábios. Tudo dentro da normalidade! Ufa! Mas e esse peso todo: 652 g de pura fofura rodopiante no ventre! Como ele vai aguentar tanto tempo de cabeça pra baixo? Agora muda de médico e muda de vida! Sou eu quem faço as escolhas, cada vez mais eu me responsabilizo por elas. O períneo está dormindo, acorda. Tem que seguir os procedimentos, Então tá! Já era hora de ficar emocionada com médico humano (sim, ele existe!), enfermeiras que olham no olho e na alma, doula cúmplice e verdadeira, algumas tias fofas e imprescindíveis. Pode fazer consulta toda semana? Reunião de amigas? A barriga fica dura, o pé incha e a vontade de contar as semanas que faltam aumenta muito. Faltam tantos dias imprevisíveis até o nascimento. Ótimo, de que adianta? Melhor tentar nos enxergar como mãe e pai, avô, avó, tia, tio, primos, amigos amados. Mas aí não sei se vou pecar pelo excesso de zelo ou pela falta dele. Ixi! Eu e minha enorme capacidade de não deixar ficar tudo bem, como está e como pode ser. Pode ser maravilhoso e ponto. Aceita e segue!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Do dia em que me libertei

A estória com alienígenas teve alguma conexão com a realidade e não posso negar. Infelizmente, fomos potenciais vítimas de uma doutora violadora dos meus direitos de mulher que quer parir. Ao contrário do pesadelo, conseguimos escapar bem a tempo. Ficaram alguns arranhões, mas nada que vá deixar cicatrizes aparentes. Afinal, somos seres pensantes e temos amizades que prezo muito. Estamos livres e felizes! Agora é só isso que importa! 

Heartbreakers gonna break, break, break, break, break
And the fakers gonna fake, fake, fake, fake, baby
Baby I'm just gonna shake, shake, shake
Shake it off, Shake it off

ETs na Terra

Eu não tenho costume de me lembrar de sonhos ou pesadelos, mas logo que acordei deste aqui contei pro marido e o susto acabou virando riso. Não sou responsável por qualquer semelhança da história com a realidade. Ou sou? E posso ter aumentado algum ponto nesse conto, já que a memória não é das melhores.

Estávamos na universidade, mais precisamente na faculdade de exatas, eu e o marido. O prédio não era o mesmo de agora, a frente parecia maior e mais cheia de vidro. Tínhamos almoçado e eu me despedi dele para ir não sei aonde. Quando eu estava passando em frente à faculdade de educação e ao colégio, percebi uma movimentação estranha e fomos avisados de que extraterrestres estavam invadindo o campus.

A minha primeira reação foi voltar correndo pro marido, pra ficar pertinho dele e procurarmos o que fazer. Começavam a cair coisas do céu, muitas pessoas correndo. O estacionamento estava o caos. Acho que passei pelo nosso carro ou procurei pelo marido ali perto, mas não fiquei muito tempo.

Chegando novamente na exatas, notei que os ETs eram muito parecidos com os humanos. Não tive como escapar deles, embora eles tenham sido bonzinhos com a minha barrigona. Continuei viva! Talvez quisessem saber o que eu estava carregando no ventre ou descobrir como se fazem os bebês humanos, sei lá. Como uma prisioneira com alguma liberdade, tentei procurar o marido sem sucesso. É claro que ele também estaria procurando por mim, num desses típicos desencontros da vida.

Aí o meu sossego acabou, né?! Fiquei angustiada, sem o marido, rodeada de seres curiosos com a minha barriga redonda. Primeiro queriam abrir como uma caixa ou gaveta, pra tirar logo o bebê de dentro dela. Eu tentava explicar que não era bem assim quando apareceu então o Castilho, também conhecido como o dr. Espírito da novela da Globo. Acho que foi ele quem conseguiu convencer os alienígenas de que não era só arrancar a criança de dentro de mim. Ao mesmo tempo, já chegava um ser parecido com um médico do planeta desconhecido com uma baita seringa e agulha na mão. Nesse ponto eu gritava, queria sair correndo, morrendo de medo. Lembro de ter segurado a mão do dr. ET com toda a coragem de mãe que protege o filho. Ato que foi completamente em vão, porque do agulhão saiu uma fumacinha branca no meu nariz e eu apaguei.

Ou melhor, acordei!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Almoço do dia

Um dos motivos de eu me considerar uma Maria vai com as plantas é o meu gosto por saladas coloridas e o meu conhecido papel de saladeira nos eventos em que cada pessoa leva o que gosta ou o que sabe fazer.

Hoje, o almoço era de responsabilidade do marido. Então, tínhamos arroz integral com quinoa vermelha, feijão novinho e bife de frango. Na geladeira, nada muito enriquecedor para a salada: tomate e alface já lavada (o sonho!). Para não ficarmos sem salada, tive que inventar um pouco. Ficou assim:

Ingredientes:
Alface rasgada
Tomate em cubinhos
Azeitonas sem caroço e fatiadas
Pimenta biquinho
Abacaxi picado
Azeite balsâmico de damasco (uma preciosidade do Verde Mar)
Azeite
Queijo parmesão ralado grosso

Não é todo dia que dá vontade de fazer e comer salada, né?! Mas que ela faz falta, isso faz!

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Recomeço


Sempre fui adepta dos recomeços. Nos últimos tempos, achava uma maravilha poder recomeçar a vida a cada semestre da faculdade. Era como se eu tivesse dois anos em um, completamente diferentes. Aí chegou o dia em que tudo acabou. Simplesmente acabou, entre comemoração e lamento, sem nenhum aviso prévio de como seria a minha vida a partir de então. Como se não bastasse, isso me ocorreu duas vezes. Na primeira delas, não senti tanto, porque ainda me prendia em outro curso. Na segunda, nem percebi, porque já não me julgava tanto como estudante e começava a minha "vida adulta" "sem querer querendo".

Entre tentativas e acertos, cheguei a acreditar que a vida poderia ser linda e especial. E foi! Os recomeços é que ficaram menos perceptíveis. Não tenho mais mudanças significativas em períodos de tempo determinados pelo correr do ano. Agora quem faz o tempo sou eu e isso eu nunca fiz. Não sei fazer ainda. Mas não posso me deixar levar pelos acontecimentos somente.

Adiei tanto a volta para o blog - queria o antigo, queria o novo e o texto não saía do esboço. Saiu! Com paciência e disciplina, vou esquentando os motores. Também preciso me reorganizar profissionalmente, em regime de urgência. O tempo é muito curto! Pretendo escrever sobre isso em breve.

Por enquanto, desejo carinhosamente que todos saibam e possam recomeçar, sempre que necessário.

Qual foi o seu último recomeço? Você lembra?